Parque Nacional Cavernas do Peruaçu

O Parque Nacional Cavernas do Peruaçu é uma Unidade de Conservação, criada em 1999 que tem como principal objetivo proteger este valioso patrimônio geológico e arqueológico existente nesta região. Com uma área de 56 448,32 hectares, está localizado a aproximadamente 45 km do município de Januária e 15 km de Itacarambi, na região norte de Minas Gerais. Com acessos fáceis, estradas pavimentadas e em boas condições é possível chegar até a sua sede.

Abriga mais de 140 cavernas, mais de 80 sítios arqueológicos e pinturas rupestres, além da tribo indígena dos Xakriabás, região com evidências humanas que datam há 11 mil anos. Também é deste período, o registro de pinturas nas grutas e cavernas locais.  

O Parque faz parte do Mosaico Sertão Veredas-Peruaçu, projeto que propõe a unificação de áreas de conservação ambiental existentes nas regiões Norte e Noroeste do estado por meio de corredores ecológicos. Ainda que os espaços estejam dispostos de forma isolada, o mosaico constrói um desenho geométrico que garante a conexão entre as partes. O Mosaico Sertão Veredas-Peruaçu abrange um território de 11 municípios, 12 unidades de conservação e uma área indígena, composta por 32 aldeias do povo xacriabá, isso sem contar as comunidades quilombolas e outros povos tradicionais que vivem na região.

 

 

Objetivos
Foi criado com o objetivo de proteger o patrimônio geológico e arqueológico, amostras representativas de cerrado, floresta estacional e demais formas de vegetação natural existentes, ecótonos e encraves entre estas formações, a fauna, as paisagens, os recursos hídricos, e os demais atributos bióticos e abióticos da região.




Descrição

A região do Parque era anteriormente denominada Fazenda Retiro/Morro do Angú. Há registro da presença humana no vale de aproximadamente 11.000 anos atrás. Pesquisadores da UFMG já encontraram vários esqueletos humanos nesta região.

O conjunto natural do Vale do rio Peruaçu, incluindo o cânion (vale cárstico), as cavernas e os sítios arqueológicos, é extremamente importante em nível nacional e internacional, havendo poucos locais no planeta que reúnam estes três atrativos de modo tão magnífico e comportando tantos interesses do ponto de vista científico como natural. Na Europa, África, Ásia, Oceania e nas Américas existem patrimônios espeleológicos e geológicos de grandes dimensões e beleza cênica, porém, nenhum se compara à riqueza integrada do Vale do Peruaçu, considerando-se os atributos arqueológicos associados. No âmbito mundial, a Gruta do Janelão parece ter apenas um concorrente, Deer Cave, no Parque Nacional de Mulu em Sarawak, Borneo. Esta caverna possui alturas e larguras comparáveis, além de ser um pouco mais extensa. Contudo, espeleólogos ingleses que conhecem ambas as áreas asseguram que a Gruta do Janelão, em termos cênicos, é infinitamente mais bela.

 

Origem do nome Peruaçu

Não se sabe ao certo qual a origem do nome atribuído ao vale – Peruaçu, mas conta-se na região que os índios historicamente ali localizados (Xacriabás, desde meados do século 16) assim o chamavam, tendo a seguinte conotação: Peru = buraco (vala, fenda); Açu = grande. Entende-se, dessa forma, que as referências podem ser relativas ao então denominado cânion ou às grandes cavernas formadas na rocha calcária no vale do Peruaçu.

 
Patrimônio Paleontológico

Com relação ao Patrimônio Paleontológico, não existem cavidades com maior ou menor potencial à ocorrência fossilífera. Fósseis podem ser encontrados em cavidades pequenas ou grandes, não sendo o tamanho um fator de pertinência qualitativa no âmbito paleontológico. Outros fatores, como posição, forma e tamanho da entrada, tipo de sedimento do piso, arquitetura do conduto que se segue à entrada, dentre outros, contribuem maciçamente para o aporte de material alóctone para o interior de uma cavidade.

As cavernas do chamado grupo carbonático Bambuí são especialmente importantes no que diz respeito à fauna do período pleistocênico (que antecedeu o período atual – holocênico – e que finalizou-se a aproximadamente 10.000 anos), já que se desenvolveram principalmente neste período. Desta forma, levantamentos paleontológicos realizados em cavernas presentes na formação Bambuí contemplam basicamente animais deste período, e justificam-se pela necessidade de caracterização do passado.

 

 

Vegetação

O Parque apresenta extensas áreas com cobertura vegetal nativa em diferentes estágios de conservação. A área está na transição entre biomas caatinga e cerrado, com as formações vegetacionais: estepe, savana estépica, eavana, floresta ombrófila densa, floresta estacional semidecidual, floresta estacional decidual, áreas de tensão ecológica e formações antrópicas. Destacam-se na vegetação a aroeira-dosertão,a braúna, o pau-santo, a cabiúna-do-cerrado, o murici, o jatobá, o pequizeiro e muitas outras. São 1.072 espécies vegetais: um extinta em Minas Gerais, um em perigo de extinção, seis vulneráveis e 11 presumivelmente ameaçadas, além de espécies raras e desconhecidas.

O Parque situa-se em uma área ocupada por formações de Floresta Decidual Estacional Montana, Floresta Estacional Semidecidual, Savana Arborizada e áreas de tensão ecológica entre Savana Estépica e Floresta Estacional.

 


Fauna
Na fauna destaque para as aves – mais de 250 espécies são encontradas na região do parque – entre elas a maritaca, a seriema, a maria-preta, o arapaçu, o cara-dourada, o arapaçu-do-São Francisc,o bacarau-do-São Francisco, o papagaio-do-peito-roxo, o balança-rabo-de-bico-torto, o pica-pauzinho-de-testa-pintada, a arapaçu-de-bico-de-cunha, o beija-flor-de-asa-de-sabre, a maria-cavaleira-pequena, a saíra-da-mata, a choca-do-nordeste, o bacurau-da-telha, a maria-preta-do-nordeste, o periquito da caatinga, o limpa-folha-do-brejo, o surucuá-de-peito-preto, o urubu-rei e o zabelê.

Entre os mamíferos se destacam o veado-mateiro, o veado-galheiro, a jaguatirica, o  mocó, o mico-estrela, o tatu-bola, o tatu-canastra, o tatu-de-rabo-mole, a catira,  o tamanduá-bandeira, o tamanduá-mirim, a capivara, o lobo-guará, a raposa do campo, o cachorrodo-do-mato-vinagre, a onça parda, o gato-do-mato-pequeno, o gato-palheiro, a lontra, a anta e o porco-do-mato.

O lagarto teiú, a perereca-amarela, a perereca-rouca,  a perereca-verde, a perereca-cabeçuda, o sapo intanha, a rã-da-mata, a rã-assobiadora, a rã-manteiga, a rã-do-campo, a rã-cachorro, a rã-do-cerrado, calango verde, camaleão-da-mata, cágado, cascavel, cobra-cipó, sucuri, cobra-da-terra e jararaca  são outros representantes da fauna local.

 

 Aspectos naturais

O Parque Nacional concentra uma rica biodiversidade e um patrimônio espeleológico nos biomas Cerrado e Caatinga. As nascentes do rio Peruaçu fazem parte da área do Chapadão das Gerais, que deságuam na bacia do rio São Francisco.

O rio Peruaçu é divisor natural dos municípios de Januária e Itacarambi, e sua bacia hidrográfica abrange os territórios dos municípios de São João das Missões, Cônego Marinho e Bonito de Minas.

As nascentes do rio Peruaçu fazem parte da área do Chapadão das Gerais e o vale do Peruaçu esta inserido na região semi-árida, englobada pelo Polígono das Secas.

 

O que ver e fazer

Gruta do Janelão

É a maior caverna do vale do rio Peruaçu possui 4.740m de extensão horizontal e 176m de desnível.Localiza-se no último segmento subterrâneo do rio Peruaçu. Apresenta setores com mais de 100m de altura em sua galeria principal. Na primeira metade da caverna abrem-se clarabóias, que permitem a entrada de luz e a formação de pequenas florestas em seu interior.Acesso por trilha em meia vertente, declividade suave a média; estado de conservação atual regular. Ocorrem obstáculos: árvores caídas, pontos de desnível abrupto, pontos de erosão.
A gruta possui variados tipos de espeleotemas, grandes, pequenos, robustos e delicados, alguns inacessíveis, outros ao alcance do visitante. Nas áreas com iluminação natural ocorrem formações delicadas: travertinos, ninhos de pérolas, helictites, couve flor, escorrimentos etc. Zona escura extremamente vulnerável: ocorrência de pérolas de caverna, no piso, por grandes extensões. Sedimentos com estratigrafia preservada que podem ser perturbados por pisoteio.

Parque Nacional Cavernas do Peruaçu

Lapa do Índio

Localiza-se na depressão da Fazenda Terra Brava – sede velha, em área de pastagem, na base de um escarpamento calcário, cerca de 20 m de altura, alinhado na direção E-W. No local há ocorrência de uma faixa estreita de mata seca, fazendo a transição do capim para o paredão, onde é o acesso à gruta.
O maior atrativo é a espetacular visão que se tem a partir da sua entrada em direção ao vale e à entrada da Gruta do Janelão, da Gruta do Falso Janelão, dos maciços calcários e da vegetação do entorno. Na entrada da gruta observam-se painéis de arte rupestre pré-histórica. No interior é possível observar vários espeleotemas de diversas formas e tamanhos, porém, em vista das pequenas proporções e notabilidade de suas galerias e espeleotemas, a gruta não é um dos grandes atrativos do Parque.
A lapa é formada por calcários cinza bem estratificados. Possui projeção horizontal de 150 m, um desnível de 5 m e um padrão retilíneo e anguloso. A entrada formada por salão iluminado, cerca de 20 m de largura maior, condicionada por fraturas subverticais. Colunas, estalactites e estalagmites podem também ser observadas.
A trilha de acesso apresenta declividade suave a mediana, passando por 2 tipos distintos de vegetação: uma área de antiga pastagem e outra de mata com árvores de porte médio, circundando o maciço calcário.
O maior ponto de  vulnerabilidade e fragilidade da gruta são os painéis de arte rupestre e o sedimento do piso com potencialidade arqueológica, que se encontram na entrada. Infelizemente existem espeleotemas depredados em toda a gruta.
A proximidade da trilha aos painéis de arte rupestre na entrada da gruta, pode propiciar o toque e a suspensão de material particulado, ocasionando danos aos registros pré-históricos. Na zona escura existe uma gama de espeleotemas, delicados e frágeis, como estalactites e estalagmites, travertinos, ninhos de pérolas, helictites, couve flor, escorrimentos, velas, colunas, canudos. As formações se encontram nas paredes, tetos e pisos, quase sempre ao alcance do visitante.

Grau de dificuldade
É considerada de risco médio, uma vez que, em seu interior existem zonas escuras, o que pode ser uma dificuldade para um visitante comum. Por outro lado acontecem passagens estreitas, com ocorrência de tetos baixos com estalactites e pisos escorregadios.

Lapa Bonita

Localiza-se na depressão da Fazenda Terra Brava – sede velha – extensa área de pastagem. A lapa está situada na base de um escarpamento calcário com cerca de 20 m de altura, alinhado na direção E-W. Uma faixa estreita de Mata Seca faz a transição do capim com o paredão, onde se tem acesso à gruta.
O acesso se faz por trilha de conservação regular, com pontos de erosão, declividade suave a média, que passa por dois tipos distintos de vegetação. Há caminhamentos alternativos e desordenados. No interior da caverna detectadas marcas de visitação: como restos de fogueira e de carbureto. Pisoteamento intenso, inclusive sobre os espeleotemas, criando várias trilhas alternativas e desordenadas, especialmente no Salão Vermelho. Foram observados espeleotemas depredados por toda a gruta. A projeção horizontal de 420m e desnível de 15m, padrão retilíneo. Entrada formada por conduto com piso inclinado.
A lapa apresenta uma gama variada de espeleotemas, em sua grande maioria, delicados e frágeis, como estalactites e estalagmites, travertinos, ninhos de pérolas, helictites, couve-flor, escorrimentos, velas, colunas, canudos, etc.
A trilha de acesso à gruta não oferece nenhum risco ao visitante, porém, em época chuvosa pode se tornar escorregadia. Na entrada da gruta pode ocorrer a presença de transmissores de endemias como a leishmaniose.

Grau de dificuldade
O grau de risco é médio, onde com exceção do salão da entrada, a ausência de luz pode oferecer dificuldade para um visitante comum. A passagem (restrição) que separa o salão de entrada do interior da caverna oferece dificuldade, já que possui teto baixo com estalactites à altura da cabeça, desníveis abruptos e pisos escorregadios sobre blocos e escorrimentos.

 

Lapa dos Cascudos

Localiza-se no cânion do rio Peruaçu, entre as lapas do Arco do André e Troncos. Nas proximidades da entrada predomina a mata ciliar do rio Peruaçu, que se encontra bem conservada e estratificada.

O acesso à gruta pode ser feito por dois trajetos: um pelo Arco do André e outro pela Lapa dos Troncos. O primeiro é mais difícil, declividade acentuada que segue, em sua maioria, por desmoronamentos com grandes blocos, grandes desníveis e pisos escorregadios. Estado de conservação atual é ruim, podendo piorar no período das chuvas. O segundo trajeto tem declividade suave a média, em 2 tipos distintos de vegetação. O estado de conservação atual é regular, com pontos de forte erosão. Trechos com deslocamentos de blocos e crescimento desordenado da vegetação, favorecendo o aparecimento de trilhas alternativas Alguns trechos podem ficar escorregadios no período de chuvas. Entrada e interior da caverna: detectadosvestígios de visitação, tais como tochas e fogueiras. O pisoteamento é intenso, inclusive sobre os espeleotemas, criando várias trilhas alternativas e desordenadas.

O maior atrativo da Lapa é a forma e as grandes proporções da galeria, um majestoso túnel com praias, grandes desmoronamentos e o percurso do rio. A gradação de iluminação entre o exterior e a penumbra é visível na caverna. Dentro deste conjunto os espeleotemas tomam o papel de pano de fundo, mas os exemplares presentes podem despertar interesse.

Grau de dificuldade
As trilhas de acesso oferecem riscos ao visitante, via Arco do André existem trechos acidentados com riscos de quedas. Alguns trechos possuem forte inclinação e piso escorregadio. Alguns pontos são íngremes e ocorrem desníveis abruptos. Outro risco é a travessia do rio Peruaçu com risco para o visitante, na época das chuvas a travessia do rio se torna muito arriscada, devido ao aumento do volume de água. Nas entradas são detectadas presença de transmissores de endemias como a leishmaniose.

No interior o risco é considerado médio, pois  tem pisos escorregadios e desníveis.

 

Lapa dos Troncos

Localiza-se a cerca de 120 m a jusante da Lapa dos Cascudos, na calha do rio Peruaçu; onde se destaca a mata ciliar, muito
bem preservada.

O rio Peruaçu flui em toda a sua extensão seguindo a direção norte – sul. O acesso pode ser feito por dois trajetos: Arco do André  – Lapa dos Cascudos a Lapa dos Desenhos. O primeiro é trilha acidentada com trechos de declividade acentuada, em blocos e em sedimentos. O estado de conservação atual é ruim, podendo piorar com as chuvas. O segundo tem declividade suave a média, que passa por dois tipos distintos de vegetação. Os trechos podem se tornar arriscados com as chuvas.  A travessia do rio pode ocasionar risco para o visitante. Nas entradas da gruta existe a presença de transmissores de endemias como a leishmaniose.

O maior atrativo é a forma e as proporções da galeria, um túnel com praias, desmoronamentos e o percurso do rio. Na porção média da caverna o rio se alarga, formando um remanso. Deste ponto avista-se a clarabóia e as duas entradas, num cenário muito peculiar e de rara beleza. Dentro deste conjunto os espeleotemas tomam o papel de pano de fundo, mas os exemplares presentes podem despertar interesse. Toda a caverna foi considerada de grande interesse para visitação. No interior podem ser observados espeleotemas, como escorrimentos brancos.

Grau de dificuldade
A visita foi considerada de risco médio, uma vez que, em seu interior, existem dois pontos de travessia do rio Peruaçu, um com profundidade, na época de seca, em torno de 50cm e outra que pode atingir dois metros no período das chuvas.


Lapa dos Desenhos

Localiza-se no terço médio de um vale seco, afluente da margem esquerda do vale do rio Peruaçu. Nos arredores da caverna predomina uma floresta mista, envolvendo espécies subcaducifólias e deciduais. 

A lapa possui 140m de projeção horizontal e 13m de desnível. Constituída por um conduto único, retilíneo, desenvolvimento da caverna, que se encontra bloqueado por sedimentos químicos – espeleotemas. A entrada, na forma de abrigo, é ampla e foi utilizada pelos homens pré-históricos daí a presença de imponentes painéis rupestres.

Acesso é feito após a transposição de blocos e espeleotemas abatidos. Apesar de ser constituída por conduto único, a caverna tem passagens secundárias, individualizadas por depósitos químicos do tipo colunas e escorrimentos. A largura média do conduto principal é 20m. Há estreitamento no terço final.

Os espeleotemas são expressivos na Lapa dos Desenhos. São freqüentes: colunas, estalactites, estalagmites, travertinos e escorrimentos.

O maior ponto de vulnerabilidade e fragilidade são os fabulosos painéis de arte rupestre pré-histórica e o sedimento do piso com potencialidade arqueológica, os quais se encontram na entrada. A Lapa dos Desenhos possui em seu interior alguns espeleotemas frágeis, como estalactites e estalagmites, travertinos, ninhos de pérolas e colunas.

Os maiores atrativos da Lapa dos Desenhos são os fabulosos painéis de arte rupestre pré-histórica que se encontram na entrada da caverna. No interior da gruta podem ser observados paleopisos e espeleotemas. As galerias oferecem algum atrativo, especialmente a visão que se tem do início da zona escura para o exterior.

Grau de dificuldade
A trilha de acesso não oferece grandes riscos ao visitante, porém, em época chuvosa pode se tornar escorregadia. Alguns trechos possuem forte inclinação, blocos soltos, drenagens sazonais e processos erosivos que dificultam o caminhamento. A travessia do rio Peruaçu pode ocasionar risco, especialmente na época de chuvas. Na entrada presença de transmissores de endemias como a leishmaniose.

A visita da Lapa dos Desenhos foi considerada de risco médio, uma vez que, em seu interior, existe zona escura, o que pode ser uma dificuldade para um visitante comum. Alguns pontos são especialmente perigosos, como os grandes espeleotemas da entrada da caverna. Este conjunto de espeleotemas incita o visitante a subir na busca de um melhor ângulo para observar e fotografar as pinturas rupestres, o que pode ocasionar acidentes.

 

 

Lapa do Cabloco

Localizada em um paredão recuado na margem direita do rio Peruaçu. O local é cercado por pastagens, um pomar abandonado, como também ambientes em início de regeneração. Nas proximidades da lapa ocorre uma vegetação arbórea secundária. No final da trilha as formações florestais encontram-se bem conservadas.

Caverna desenvolvida em calcários estratificados, sublinhados por filmes argilosos. O conduto principal no terço final é bloqueado por deposições químicas (colunas e escorrimentos). Apresenta uma largura média de 30m.

A trilha não oferece grandes riscos, porém, em época chuvosa pode se tornar escorregadia. Na entrada da gruta pode ocorrer a presença de transmissores de endemias como a leishmaniose. A visita foi considerada de risco baixo para área de penumbra e início da zona escura, passando a risco médio/alto na zona escura, onde ocorrem desníveis abruptos e pisos escorregadios.

Na extremidade sul, junto ao painel de arte rupestre, blocos soltos, com desníveis abruptos, formam área de alto risco potencial, podendo ocasionar acidentes aos visitantes.

Os maiores atrativos são os painéis de arte pré-histórica da entrada. O interior é uma galeria única, com proporções médias, mas com muitos espeleotemas, entre eles, grandes escorrimentos, cortinas, travertinos, estalactites, estalagmites. A porção do fundo, com piso mais elevado termina em um notável conjunto de escorrimentos.

Este conjunto motiva e justifica a visita ao interior da caverna e impressiona pela concentração de espeleotemas na zona escura.

 

Lapa do Carlúcio

Localiza-se na média vertente de um paredão do cânion do rio Peruaçu (margem esquerda). Nas margens da calha fluvial pode ser identificada uma mata ciliar. Ocorrem algumas árvores deciduais, influência da mata seca que a circunda. Na frente da caverna há pequena planície sujeita a inundações no verão. Após a transposição dessa planície e do canal fluvial, a entrada da caverna pode ser atingida através de um forte aclive formado por blocos abatidos.

Acesso por trilha que se inicia em um antigo pomar abandonado, passando por 2 tipos distintos de vegetação: uma área de arbustos (carrasco), outra de mata ciliar do rio Peruaçu com árvores de grande porte e arbustos.

A Lapa possui uma grande quantidade de espeleotemas frágeis, como estalactites e estalagmites, travertinos, ninhos de pérolas, cortinas e colunas. Essas delicadas formações se encontram nas paredes, tetos e pisos, quase sempre ao alcance do
visitante.

A trilha de acesso não oferece grandes riscos ao visitante, porém, em época chuvosa pode se tornar escorregadia. Alguns trechos possuem forte inclinação, piso escorregadio, blocos soltos, drenagens sazonais e processos erosivos que dificultam a
caminhada. A travessia do rio Peruaçu pode ocasionar risco para o visitante, o que requer cuidados especialmente na época das chuvas. Na entrada da lapa pode ocorrer a presença de transmissores de endemias típicas da região como a leishmaniose.

A visita da Lapa do Carlúcio foi considerada de risco baixo para área de penumbra e início da zona escura, com alguns obstáculos na descida inicial, passando a risco médio/alto na zona escura, apresentando alguma dificuldade para o visitante como passagens estreitas, pisos escorregadios e desníveis abruptos.

 

Parque Nacional Cavernas do Peruaçu

Lapa do Rezar

Localiza-se na margem esquerda do cânion do rio Peruaçu, em um vale secundário voltado para Sul, perpendicular à calha principal. Ao longo do rio nas proximidades da lapa, a mata ciliar é constituída por uma faixa estreita de vegetação arbórea, adjacente à floresta caducifólia em melhor estado de conservação junto ao escarpamento. A vertente de acesso à lapa apresenta forte declive.

Possui em seu interior conjuntos de espeleotemas frágeis (estalactites, estalagmites, travertinos, ninhos de pérolas, colunas, escorrimentos, couve-flor). Essas delicadas formações se encontram nas paredes, tetos e pisos. Existem depósitos de sedimentos, capas estalagmíticas e outras formações no piso, os quais são frágeis em relação à perturbação por pisoteio. Foram registrados no interior da gruta fósseis de animais.

Trilha de acesso com pouco risco ao visitante, porém, arriscada em época chuvosa. Trechos com forte inclinação, blocos soltos, drenagens sazonais e processos erosivos que dificultam o caminhamento. Travessia do rio pode ocasionar problemas para o visitante. Na entrada pode ocorrer transmissores de endemias (leishmaniose).

A visita foi considerada de risco médio, uma vez que, em seu interior existem zonas escuras, o que pode ser uma dificuldade para um visitante comum. Existem trechos com blocos e escorrimentos com desnível abrupto. Os espeleotemas próximos aos painéis de pinturas são escorregadios e com grandes desníveis, podendo o visitante sofrer quedas. Também na zona de entrada, grandes blocos e rampas de desmoronamento oferecem risco ao visitante. Na clarabóia existe a possibilidade de queda de blocos, especialmente sob a borda.

O pórtico, os painéis de arte rupestre na entrada, a bela visão do vale, as dimensões monumentais da galeria são os grandes atrativos da lapa. Na zona de entrada a clarabóia é um espetáculo com o contraste da luz na mata interior. No interior aparecem complexos conjuntos de espeleotemas com escorrimentos cristalinos, grandes estalagmites e estalactites, colunas, pérolas, travertinos, cortinas, entre outros.

Parque Nacional Cavernas do Peruaçu

Arco do André

Localiza-se no cânion principal do rio Peruaçu, entre o Brejal e Cascudos. Possui três entradas: duas localizadas nas extremidades do Arco; a outra constitui acesso secundário, fora da rota do rio. O local possui predominância de mata seca preservada. Na entrada sul existe presença de floresta semidecidual assentada na base do cânion. Na entrada norte aparece a mata ciliar.

O imponente conjunto paisagístico em excelente estado de conservação. O afloramento rochoso exposto tem perfil sedimentar com mais de 100m de espessura.

Ambas as trilhas de acesso ao Arco do André oferecem riscos ao visitante. Alguns trechos possuem forte inclinação, piso escorregadio, blocos soltos, drenagens sazonais e processos erosivos que dificultam o caminhamento. A travessia do rio Peruaçu pode ocasionar risco para o visitante o que requer cuidados especiais, pois podem ocorrer acidentes. Na entrada da lapa pode ocorrer a presença de vetores da leishmaniose.

A maior parte da caverna apresenta trechos com risco médio devido, principalmente a ocorrência de pisos com declividades medianas, blocos soltos e trechos afóticos. Algumas áreas apresentam alto risco, principalmente devido a fortes declividades nos pisos, grandes blocos abatidos, desníveis abruptos e áreas com potencial de queda de blocos.

Os grandes atrativos são: a dimensão da galeria principal, que segue o vale do rio com altura de 100 metros; a visão a partir do interior da gruta para a mata ao redor de sua entrada; no interior das galerias e na área da entrada secundária estão notáveis espeleotemas, escorrimentos, estalactites e estalagmites e a clarabóia com iluminação natural onde a luz natural penetra formando proporciona um espetáculo à parte.

 

Parque Nacional Cavernas do Peruaçu

Portaria
Rodovia MG135 – Praça Principal, s/ nº

Distrito de Fabião I – Januária – Minas Gerais
Telefones: 38 3623-1038 / 1042 / 1043

Distância de Belo Horizonte

650 km

Parque Nacional Cavernas do Peruaçu

Como Chegar

Via Aérea: 

Trecho Belo Horizonte – Montes Claros. A partir do aeroporto de Montes Claros, o trajeto volta a ser feito por rodovia, conforme descrito abaixo.


Via Rodoviária

Partindo-se de Belo Horizonte, o acesso é pela Rodovia  BR 040 até o trevo para Curvelo; posteriormente à Rodovia BR 135 até  Montes Claros. Acesso, cortando a cidade (devidamente sinalizada), à  Rodovia BR 135, em direção a Januária. Cortando a cidade, acesso à Rodovia MG 135, sentido Itacarambi, por cerca de 53 km, até o Distrito de Fabião I, onde se localiza a atual Sede Administrativa do IBAMA e entrada do PNCP.

 

Coordenadas

Lat. -15.172464° e Long. -44.191932°

 

Sede Administrativa

Rodovia MG135 – Praça Principal, s/ nº

Distrito de Fabião I – Januária – Minas Gerais

 

 

IMPORTANTE

Todas as visitas ao Parque Nacional Cavernas do Peruaçu devem ser previamente agendadas junto à gestão da Unidade.

Você pode solicitar o agendamento através do email: cavernas.peruacu@icmbio.gov.br, devendo encaminhar o formulário de solicitação de agendamento preenchido. Verificaremos a disponibilidade da data proposta e retornaremos seu email, informando sobre a autorização.

Para acessar os atrativos do Parque é necessário a contratação de condutor, sendo um condutor para cada grupo de 8 pessoas. Na Lapa Bonita, cada condutor pode levar apenas 5 visitantes. A contratação e agendamento do condutor é responsabilidade do visitante.

Veja aqui a lista de condutores credenciados.

Importante: o contato, agendamento e negociação de valores com o condutor de visitantes deve ser feito pelo próprio visitante antes da visita.

Ressaltamos que a visita somente estará confirmada após o envio do email de confirmação.

Clique aqui e veja o termo de conhecimentos de riscos. Mas se você vai fazer a trilha do Arco do André, clique aqui.

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

De segunda a domingo, de 08 às 18 horas, sendo que a entrada nos atrativos é permitida até as 15 horas.

REGISTRO DE ENTRADA

O visitante deve se identificar na sede do Parque, no Fabião I, onde encontrará com o condutor agendado, assinará o termo de conhecimento de normas e riscos e seguirá para os atrativos do Parque.

Parque Nacional Cavernas do Peruaçu


RECOMENDAÇÕES

SEJA UM VISITANTE CONSCIENTE

> Informe-se sobre as distâncias e grau de dificuldade das trilhas.
> Observe as condições climáticas do dia da sua visita.
> Percorra as trilhas com calçados fechados, reforçados e confortáveis. Chinelos, sandálias e saltos não são recomendados para caminhadas em trilhas.
> Leve sempre protetor solar, chapéu, repelente, capa de chuva, água e um lanche.
> É recomendável portar lanternas, calça comprida e blusa de manga comprida.
> Beba muita água: a desidratação é uma causa comum de mal estar nas trilhas.
> Obedeça as normas do Parque Nacional mantendo-se nas trilhas sinalizadas.
> Atividades em ambientes naturais apresentam riscos, como: presença de animais peçonhentos, risco de perder-se, machucar-se, afogar-se, entre outros.
> Esteja preparado para as adversidades em caso de acidentes ou incidentes.
> O Parque não possui serviço de resgate. Não se arrisque!
> É obrigatória a contratação de um condutor de visitantes e o uso de capacete para acessar as grutas do Parque.

Acesse o Guia de Conduta Consciente em Ambientes Naturais

Confira outras informações neste portal, dentro da página da UC.

 

Referências

 

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