Parque Estadual do Itacolomi

Criado em 14 de junho de 1967, por Lei nº 4495

Área de 7.543 hectares.

Unidade de Conservação com administração do Instituto de Estadual de Florestas.

Localizado nas cidades de Ouro Preto e Mariana, no centro do Estado de Minas Gerais, no sudoeste do Quadrilátero Ferrífero, no Caminho Novo da Estrada Real, na porção Sul da Cordilheira do Espinhaço.

Seu nome é em homenagem ao seu Pico, Itacolomi “Pedra Menina”, com 1772 de altura, ponto de referência para os primeiros exploradores, os Bandeirantes, que chegaram à região por volta de 24 de junho de 1698, o célebre Antônio Dias de Oliveira. Deixaram uma construção chamada de Casa Bandeirista, datada entre 1706 e 1708, em estilo colonial, com paredes em adobe e pau-a-pique, com base de pedra. Segundo consta ser a primeira com o objetivo de cobrar os impostos devidos à Coroa Portuguesa, um bem famoso era o Quinto, isto é, a quinta parte, 20% do ouro apurado na Natureza deveria em tese ser revertido a Coroa, na maioria das vezes não era feito.A mesma fica a 1.200 metros de altitude a 100 metros do Centro de Visitantes. Marco histórico e cultural.

Altitude no Parque varia entre 700 a 1772 metros de altitude.

Sua beleza é cênica, com rica biodiversidade e geodiversidade.

No século XX, existiu na área onde hoje está o Parque, a Fazenda do Manso, que era grande produtora de chá de extrema qualidade, quase tudo era exportado para a Europa, principalmente a Alemanha, de onde veio todo o maquinário para o beneficiamento das folhas. O Parque mantém o Museu do Chá, que conta essa linda história da região de Ouro Preto, das funcionárias que vinham do distrito de Lavras Novas, distante 12 km da sede do Parque, seguindo o Caminho Novo da Estrada Real. Vários vídeos, maquinário original, vale a pena visitar e aprofundar o conhecimento desta bebida que é uma das mais conhecidas e consumidas do Mundo a séculos.

Infraestrutura

O Parque possui as seguintes infraestruturas e equipamentos:

  • Portaria;
  • Espaço de credenciamento dos visitantes;
  • Centro de visitantes com exposição permanente sobre a biodiversidade e cultura local;
  • Auditório;
  • Casa Bandeirista, Museu do Chá (espaços com exposições permanentes);
  • Capela de São José (capela de meados do séc. XX);
  • Área de camping com capacidade para 30 barracas ou 120 pessoas;
  • Área de convívio com quiosques, 4 churrasqueiras, mesas e bancos, parquinho e quadra de areia;
  • Banheiros e Vestiários masculino e feminino;
  • 4 casas alojamento com capacidades para até 8 pessoas cada;
  • 1 Casa do Pesquisador;
  • Residência funcional institucional;
  • 1 Casa de Hóspedes com capacidade para 13 pessoas;
  • Trilhas estruturadas e sinalizadas em português;
  • Restaurante (fechado: em processo de licitação).

 

Horário de Funcionamento

A visitação acontece de terça a domingo, das 8h às 17h, o credenciamento é realizado até as 16h.

 

Como chegar

Partindo de Belo Horizonte, seguir pela BR 040 por 30km, sentido Rio de Janeiro, até o trevo de acesso à BR 356, a Rodovia dos Inconfidentes, pela qual deve se seguir até Ouro Preto. Após a entrada da cidade, seguir pela rodovia em direção à Mariana por aproximadamente 7km até o trevo onde se localiza o Hospital Santa Casa Misericórdia e a portaria do parque, num percurso total de 110Km.

O acesso é pavimentado e asfaltado, existe sinalização desde a BR 040, trevo para estrada dos Inconfidentes. Da portaria do parque até o centro de visitantes são 5 km de estrada de terra, velocidade máxima de 30km/h. Os veículos devem ficar nos estacionamentos existentes.

Existe transporte público do centro de Ouro Preto passando próximo a portaria do Parque: linhas de ônibus Cooperouro, Pocinho ou Hospital; e taxi lotação sentido bairro Bauxita.

Localização

Obs: Partindo de Lavras Novas, deve-se seguir pela MG-129, estrada de Ouro Branco, num percurso de 18Km até a portaria.

 

Contatos e Endereço

E-mail: peitacolomi@meioambiente.mg.gov.br

Tel: (31) 3551 6193

Endereço: BR 356, km 97.6, em frente o trevo do Hospital Santa Casa, Ouro Preto, MG CEP: 35.400-000.

 

Ingressos e Tarifas

O valor da entrada é R$20,00 por pessoa.

O valor da diária para o uso da infraestrutura é:

Uso de infraestrutura (Diária)  
Camping   R$ 40,00 por pessoa
Alojamentos Capacidade até 4 pessoas   R$ 50,00 por pessoa
  Capacidade até 8 pessoas   R$ 40,00 por pessoa
Auditório – capacidade de até 100 pessoas   R$ 500,00

 

O que ver e fazer

 

Casa Bandeirista

Construída entre 1706 e 1708 para servir de posto fiscal no tempo da exploração aurífera – no local era feito o recolhimento do quinto – por isso é considerada como o primeiro prédio público do Estado.  A 1.200 m de altitude, é uma das mais importantes construções remanescentes da influência paulista na arquitetura rural mineira, legado dos bandeirantes do início do século 18. Em 1998, a edificação e todo seu entorno foram tombados.

Localização: 100m de distância da sede do parque.

 

Capela de São José

Construída em meados do século 20, sob a recomendação de um padre após relatos de aparições de almas penadas nas imediações e de um estranho comportamento de mulas e cavalos que, ao passarem pela região, empacavam e se recusavam a seguir adiante. Hoje, a capela chama a atenção por possuir uma Via-Sacra diferente, feita por artistas plásticos ouropretanos que utilizaram materiais colhidos na natureza para sua confecção.

Localização: 250 m da sede do parque.

 

Museu José de Salles de Andrade – Museu do Chá

Também conhecido como Museu do Chá. Situa-se na antiga Fazenda São José do Manso, que foi polo produtor de chá na primeira metade do século 20. Grande parte do maquinário alemão utilizado se encontra ainda no galpão e é hoje a principal parte da exposição. Um documentário sobre a história do produto desde a sua origem, na China, até a introdução na região de Ouro Preto é exibido para os visitantes. Há também além de informativos sobre processos de produção, exposição de fotos e curiosidades sobre o cultivo e costumes da época áurea do chá.

A Fazenda São José do Manso é tombada pelo IEPHA

Registrada na categoria de Bem Imóvel-Século 18

Inscrição: Homologação Data: 22 de setembro de 1998

 

 

Represa do Custódio

Construída na década de 1940. Situa-se a 7,6 km de distância da sede do parque, no distrito de Lavras Novas. Bom para apreciação da vista, mas não é permitido o banho ou a prática de esportes náuticos.

Grau de dificuldade: médio

 

 

Trilha do Mirante do Custódio

Durante o percurso é possível observar a fauna e flora da região. Do mirante, avista-se a represa do Custódio, localizada no distrito de Lavras Novas.

Extensão:4,6 Km

Tempo:1h30

Grau de dificuldade:médio

 

Trilha do Forno

A trilha percorre uma área de mata atlântica, com partes encharcadas e alagadiças, no final do percurso, um antigo forno que pertenceu à Olaria Roque Pinto, no século 19.

Localização:400 m do centro de visitantes

Extensão:1,2 Km

Tempo:1h

Grau de dificuldade:baixo

 

Trilha da Capela

Perpassa uma área que sofreu significativa interferência humana na primeira metade do século 20, com extensas plantações de chá e cultivo de eucalipto. Durante o percurso, avista-se os diferentes tipos de vegetação e de solo existentes no parque.

Localização:100m do centro de visitantes

Extensão:1,4 km

Tempo:1h

Grau de dificuldade: baixo

 

Trilha da Lagoa

Circunda a região da lagoa da Capela, passa por áreas planas e alagadiças, com vegetação predominante de mata atlântica.

Localização:200m do centro de visitantes.

Tempo:20 minutos

Grau de dificuldade:baixo

 

Lagoa da Capela

Área destinada para banhos e prática de tirolesa. Possui dois deques, um na borda e outro flutuante.

Localização:200 m da sede.

 

Trilha do Pico do Itacolomi

Reverenciado pelos indígenas, que o consideravam o filho da montanha, o pico encontra-se a 1.772m de altitude. Dele tem-se uma vista de 360º, que abrange o relevo composto por mares de morros e as serras do entorno e vales. O Itacolomi servia como referência para os primeiros colonizadores da região e hoje é um dos símbolos da cidade de Ouro Preto.

O nome “itacolomi”, de origem indígena, tem duas versões. Uns dizem que vem de “itacurumim” que, na língua dos índios cataguases, significa “a pedra e o menino”, devido ao fato da configuração natural do relevo possuir uma pedra grande, que seria a mãe, e uma menor ao seu lado, que seria o filho. 

As visitas guiadas ao pico do Itacolomi serão realizadas com agendamento prévio no Centro de Visitante. 

Extensão:7,6 Km

Tempo:2h30

Grau de dificuldade:alto

 

Relevo

Têm destaque os afloramentos rochosos nos campos de altitude e platôs com declives, como a serra do Trovão, a de Lavras Novas, a do Cibrão e o pico do Itacolomi, 1.772 m de altitude.

Hidrografia

A região tem um dos maiores potenciais hídricos de Minas Gerais, uma vez que duas das maiores bacias hidrográficas do país têm parte de suas nascentes na região: São Francisco (Velhas) e Doce. Dentro de seus limites, o parque abriga diversas áreas de nascentes, que formam o ribeirão do Carmo e o rio Gualaxo do Sul, ambos componentes do chamado alto rio Doce, rio Acima, ribeirão Belchior, córregos do Manso, dos Prazeres, Domingos, do Benedito.

 

Clima

Com verão agradável e inverno frio, com cerração e geadas, a estação das chuvas se estende de novembro a março. Durante o ano, a temperatura máxima costuma ser de 32ºC e a mínima, de 4ºC.

 

Vegetação

Em uma zona de transição entre floresta atlântica e o cerrado, o local possui relevo acidentado. Coberto por uma vegetação bastante diversificada abriga campos rupestres, florestas de candeias, as quaresmeiras nas matas ciliares, e possui grandes áreas remanescente da floresta atlântica. Nas partes mais elevadas das montanhas aparecem os afloramentos rochosos com as famosas canelas de ema.

A flora conta com espécies como o samambaiaçu-imperial, o pinheiro-do-paraná, a braúna-preta e o jacarandá-da-bahia. Figuram também a pindaíba, a arnica-da-serra, a orquídea e a douradinha. Os principais fatores que ameaçam estas espécies são a coleta predatória, a destruição do hábitat natural, populações pequenas, isoladas e em declínio e área de distribuição restrita. 

 

Há também espécies endêmicas como a orquídea Habenariaitacolumia e o arbusto Cybianthusitacolomyensis, ambos sem nome popular.

Fauna

Destacam-se belas espécies como o tamanduá-bandeira, o tamanduá-mirim, a onça-parda (Puma concolor), a jaguatirica, o gato-do-mato-pequeno,o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), o porco-do-mato e a lontra. Já os endêmicos incluem o gambá-de-orelha-preta, a cuíca-de quatro-olhos, o ouriço-comum e o macaco sauá, mico, tatu, paca, capivara, gato mourisco e do mato, siriema, gavião pinhé e carcará, maritaca. 

 

Segundo o Instituto Estadual de Florestas (IEF), foram catalogadas mais de 200 espécies de aves na localidade, dentre elas: jacu-açu (Penélope obscura), o saí-andorinha (Teresina viridis,) a ave-pavó (Pyroderus scutatus), o andorinhão-de-coleira (Streptoprocne zonaris) e vários beija-flores.

 

Orientações

O Parque do Itacolomi, de acordo com o site TripAdvisor, é um dos atrativos mais buscados em Ouro Preto. A Trilha dos Sentidos faz parte do projeto para o parque ser referência em acessibilidade e receber idosos e pessoas com necessidades especiais.

Para hospedagem em suas instalações é necessário agendamento prévio através do e-mail do parque.

Os alojamentos possuem toda estrutura para hospedagem:

  1. 3 casas que comportam até 8 pessoas: quarto 1 com 2 beliches; quarto 2 com 2 beliches; banheiro, cozinha / sala com mesa, fogão e geladeira. 
  2. 2 casas que comportam até 6 pessoas: quarto 1 com 1 beliche e 1 cama de solteiro; quarto 2 com 1 beliche e 1 cama de solteiro; banheiro; cozinha / sala com mesa, fogão e geladeira.  
  3. 1 Casa do pesquisador que comporta até 10 pessoas: quarto 1 com 2 beliches; quarto 2 com 2 beliches; quarto 3 com 1 cama de casal e banheiro; sala; copa; banheiro; e cozinha com geladeira e fogão; (a casa do pesquisador tem uso prioritário para pesquisadores, podendo ser reservada conforme disponibilidade).
  4. Área de camping

OBS: O restaurante está temporariamente sem funcionamento. Traga sua alimentação.

É necessária a apresentação do cartão de vacinação para entrada no parque e que foi imunizado contra a febre amarela com prazo de 10 dias de antecedência a visita no parque.

 

Mídias Sociais:

@parquedoitacolomi

@peitacolomi

 

 

Referências:

http://www.ief.mg.gov.br/component/content/article/193-parque-estadual-do-itacolomi

https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Estadual_do_Itacolomi

https://www.ouropreto.com.br/atrativos/ecoturismo/parques/parque-estadual-do-itacolomi

https://www.ouropreto.com.br/atrativos/ecoturismo/parques/parque-estadual-do-itacolomi

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