Detalhes Arquitetônicos em BH

Praça Rio Branco até a Serra do Curral

Praça Rio Branco
Nome em homenagem ao Barão do Rio Branco, Estadista brasileiro, José Maria da Silva Paranhos Junior.
Fica entre o Terminal Rodoviário e o início da Avenida Afonso Pena.
No centro da Praça o monumento “Liberdade em Equilíbrio”, escultura de 21 metros de altura, de autoria da artista plástica Mary Vieira, doada a cidade pelo Rotary Clube de BH, cujas formas geométricas são conjugadas compondo um mono volume. A concepção escultórica da praça inclui o desenho paisagístico e mobiliário urbano. A base da escultura é o piso da Praça, composta por listras em espiral em várias direções, que sustentam um cubo flutuante em três eixos. Feita em concreto. Obra inaugurada em 13 de maio de 1982.

Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro
Mais conhecida como Rodoviária de BH.
Projeto de vários arquitetos:
Walter Machado, Mardônio Guimarães, Marina Wasner, Mário Berti, Suzi de Mello, Fernando Graça, Francisco G. Santos, Luciano Passini, Raul Costa da Cunha, Ronaldo Massoti, Francisco do Espírito Santo.
Inauguração: 09 de março de 1971.
Na época era considerada a maior e melhor Rodoviária da América Latina, recebendo prêmio da 1ª Bienal de Arquitetura em São Paulo.
Construído pelo DER. Neste local se tem a interseção norte/sul e leste/oeste. Antes existiam no local um mercado e o edifício da Feira de Amostras.
45 mil metros do complexo arquitetônico, formado por oito plataformas de embarque e sete de desembarque.
Serviços oferecidos: Alimentação, caixa eletrônico, lotérica, loja souvenir, correio, guarda-volumes, tabacaria, livraria, farmácia, estacionamento, juizado da infância e juventude.

Avenida Afonso Pena
Inaugurada à época da fundação da Capital, sendo o coração econômico e uma das referências do belorizontino.
Possui 4,3 km de extensão, sendo em toda a sua totalidade em linha reta, passando pelo centro, pelos bairros de Boa Viagem, Funcionários, Savassi, Serra e Cruzeiro.
Está entre as três maiores e mais importantes vias da cidade, junto com as Avenidas Amazonas e Contorno.
Começa na Praça Rio Branco e termina na Praça da Bandeira. A Avenida foi projetada para ser o eixo norte-sul, sendo na época a mais larga da cidade, com 50 metros de largura.
Durante o século XX, sofreu várias alterações, tendo sido ampliada e alargada. Até a década de 60, haviam árvores Ficus plantadas em ambos os lados da via e trilhos por onde passavam os bondes, entre a Praça 7 de setembro e Rua da Bahia.
No final da tarde acontecia o Footing na Avenida Afonso Pena e na Rua da Bahia, onde moças e rapazes de classes mais altas e famílias tradicionais ficavam caminhando e desfilando a procura de uma paquera.
Até 1970, a Avenida terminava na Praça do Cruzeiro, atual Milton Campos, depois sendo ampliada até a Praça da Bandeira.

Edifício Mariana
Projeto: Mario dos Santos Maia
Construído na década de 40, do século XX.
12 andares, mais de 140 lojas, em sua maioria ligadas ao universo das Noivas. Oferece também serviços de foto e vídeo, convites, artigos para festas, lembrancinhas, vestidos para debutantes, dentistas, protéticos, radiografia dentária, despachantes, advogados, pronta entrega, restaurantes e a sede do Sindicato e Associação dos Guias de Turismo de Minas Gerais.
Na varanda, isto é, no 2º piso, ficam o DUB, o Arcângelo e outros espaços modernos compartilhando o local com bares e galerias de arte. O Restaurante Popular, a Galeria Quina e a Satisfeita Yolanda?, que é uma loja de roupas.
Em 1944, sediou a 1ª Semana de Arte Moderna “Semaninha de Arte Moderna”, com a participação de vários artistas entre eles: Roberto Burle Marx, Anita Malfatti, Candido Portinari, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Iberê Camargo, dentre outros.

Praça 7 de Setembro
Antiga Praça 14 de outubro de 1893, dia da criação da Comissão de Estudos das Localidades Indicadas para a Nova Capital.
Marco zero do hipercentro de BH, está no cruzamento das Avenidas Afonso Pena e Amazonas, duas grandes vias do projeto original de Aarão Reis para a capital e entrecortando temos a Rua Rio de Janeiro e a Rua Carijós. Em termos de fluxo de pessoas ela é a maior de todas as Praças da cidade.

No centro da Praça temos um Obelisco, mais conhecido pela população como “pirulito da praça 7”. Pedra fundamental em 07 de setembro de 1922, inaugurado em 07 de setembro de 1924, foi construída uma estrada de ferro exclusiva para levar o material de construção. Feito em granito, com 7 metros de altura, com formato de agulha, apoiada em um pedestal. 28 peças de cantaria, que saíram de uma pedreira na cidade de Betim. A peça foi desenhada pelo arquiteto Antônio Rego, construída pelo engenheiro Antônio Gonçalves Gravatá, proprietário da pedreira e quem doou o obelisco a cidade de BH. Ele é adornado por um poste em cada um de seus vértices.
Ficou armazenado no Museu Histórico Abílio Barreto em 1962, depois ficando na Praça Diogo de Vasconcelos de 1963 a 1980, retornando depois ao seu lugar de origem. Nas laterais da base, há quatro placas de bronze de autoria de Francisco de Paula Rocha.
Em 2003 passa por intenso programa de revitalização, tornando por exemplo acessível aos portadores de necessidades especiais ou com mobilidade reduzida. Os quatro quarteirões foram fechados para carros e batizados com nomes de tribos indígenas: Krenak, Pataxó, Maxacali,e Xacriabá.
Local foi palco de manifestações, concentração de blocos de carnaval, comemoração de títulos de futebol, dentre outros eventos.
Na década de 60, a Praça Sete e o trecho da Avenida Afonso Pena até o cruzamento com a Rua da Bahia eram arborizados com Ficus.
Havia um ponto de bondes chamado Ponto Central dos Bondes, em 1937 que depois foi transferido para a esquina da Rua da Bahia com Avenida Afonso Pena.

Edifício Sede do Banco Mineiro de Produção
Projeto de Oscar Niemeyer de 1951. Inaugurado em 1953.
Marco da estética racionalista da arquitetura moderna. O edifício destaca-se por sua forma triangular com extremidades curvas, suas fachadas com pano de vidro e pelo uso do brise solei (quebra sol).
Desenvolvido em dois espaços com finalidades distintas, sendo um para os equipamentos de circulação vertical e outro voltado a ocupação multifuncional.
25 andares, 14 mil metros quadrados de área construída.
Em seu interior tem-se o painel do artista Mario Silésio.
Na recepção e no hall dos elevadores, os pisos são revestidos de pedras de Lioz.
Painéis de tijolos de vidro e também tacos de madeira peroba no 3º piso.
Terá a sede da P7 Criativo, espaço planejado para projetar Minas Gerais na Rota Mundial da Economia Criativa, como moda, tecnologia da informação, biotecnologia, artes, patrimônio e gastronomia.
No 3º piso, haverá o Memorial da Praça 7 que irá contar a história do prédio, da região central e da cidade como um todo. No 9º piso irá abrigar a Biblioteca Digital. No 25º piso, um restaurante com vista panorâmica.

Cine Teatro Brasil
Inaugurado em 14 de julho de 1932, com projeto do arquiteto Ângelo Alberto Murgel, em estilo art-déco, na época, foi o maior cinema da América Latina e durante anos, o mais alto de BH, as pessoas pagavam ingresso para visitar o terraço, poder admirar a Serra do Curral, naquela época não existiam os grandes prédios do centro, hoje um dos símbolos da cidade. 1º edificação no estilo art-déco em BH. Patrimônio, referência cultural, artístico e arquitetônico. Implantado como a maioria dos prédios em lote de esquina com forma de cunha, em volume curvo, com 8 andares, fachada cilíndrica, contendo vitrais de ferro, vidro martelado e revestimento das fachadas em pó de pedra, uma disposição teatral e de ostentação, típico de época. No seu interior abriga painéis decorativos em estilo marajoara de autoria do artista Angelo Biggi. O conceito utilizado na obra veio da Inglaterra. Abrigou o 1º restaurante popular em 1952, quando Juscelino foi Governador do Estado.
Já foi cinema, um teatro, teve um restaurante, um bar, lojas, consultórios e escritórios, sediou bailes de carnaval, formaturas, concursos musicais e programa de TV.
Esteve fechado por muito tempo, desde a década de 90, até o seu ressurgimento em 2013, como um Centro Cultural, com dois teatros, um para 1.000 pessoas e outro para 200 pessoas, duas galerias, espaço multiuso e um café bistrô.

Prédio UAI – Praça 7
Antiga sede do Banco Hipotecário e Agrícola do Estado de Minas Gerais
Inaugurado em 1922. Projeto de Luiz Olivieri.
Hoje funciona o UAI – Unidade de Atendimento Integrado.

Edifício Acaiaca
Acaiaca significa em tupi “árvore sagrada”. Segundo conta a lenda que a tribo optou em se autodestruir antes de serem conquistados pelos portugueses.
Idealizado pelo visionário Redelvim Andrade, farmacêutico da cidade de Diamantina. Projeto de Luiz Pinto Coelho 1943/1947, tanto do edifício quanto das duas efígies de índios, duas carrancas indígenas que ficam na fachada do edifício, fazendo referencia à tribo indígena. 29 andares, 120 metros de altura. Localizado na Avenida Afonso Pena com Rua Espírito Santo e Rua Tamoios.
Símbolo de art-déco em BH. Possui elementos verticais em vidro encimando o edifício. Construído durante a 2ª Guerra Mundial, o edifício possui abrigo antiaéreo. O uso do edifício é comercial, destacando escritórios de advocacia e de odontologia. Já manteve as sedes do IBGE, da Faculdade de Filosofia da UFMG e do IPGC-Instituto Planejamento e Gestão de Cidades. 460 lojas. No térreo existia o Cine Acaiaca, capacidade de 900 pessoas, hoje sedia uma igreja evangélica.
Possui também luxuosos elevadores que percorriam os 25 andares em 20 segundos.
1ª sede da TV Itacolomi, inaugurada em 1955, utilizava os 23º e 24º andares.
Edifício teve grande participação nos cenários econômico, social, cultural e arquitetônico da Capital Mineira.

Belo Horizonte

Igreja São José
Instalada no coração da Capital. A paróquia de São José foi criada em 27 de janeiro de 1900. A pedra fundamental da igreja foi lançada em 20 de abril de 1902, sendo um local de muita religiosidade, cultura, manifestações e encontros.
Projeto de Edgar Nascentes Coelho, de 21 de agosto de 1901. Estilo arquitetônico eclético de influência neogótico, também com estilo neomanuelino.
Projeto da escadaria, muros, montantes e gradis de vedação foram elaborados pelo arquiteto Luiz Olivieri em 1910.
Construída pela Congregação dos Redentoristas.
As obras internas são do irmão redentorista holandês Gregório Muldres.
Possui vitrais coloridos. Pintura executada pelo artista alemão Guilherme Schumacher, entre 1911 e 1912. Altares laterais e altar mor são da década de 30, em mármore, feitos pela empresa Marmoaria Mucchiut e Pongetti.
A Igreja possui 60 metros de comprimento e 19 mentos de largura. Abriga um órgão de tubos fabricado em 1927. Vista de cima, ela tem o formato de uma Cruz.

Bondes / Avenida Afonso Pena / Rua da Bahia / Bar do Ponto
Na década de 20, foi instalado a Estação dos Bondes (antigo mercado das flores), junto ao Parque Municipal. Do outro lado da Avenida Afonso Pena, o Bar do Ponto torna-se a principal referencia da cidade e, com a proximidade da Estação de Bondes, tem a sua área de influência ampliada para o interior do Parque, como exemplo a instalação do banheiro público. A região é ponto de encontro de escritores como Carlos Drummond Andrade, Pedro Nava e os Cavalheiros do Apocalipse.
Bondes rodaram na Capital de 1902 até 1963, chegou a ter mais de 70 quilômetros de trilhos.
Entre a Praça 7, a Avenida Afonso Pena e subindo a Rua da Bahia na sua confluência, acontecia o chamado “footing”, em inglês significa “passeando”, era um tipo de flerte da época, paquerar, era basicamente um “namoro comportado, troca de olhares”, homens e mulheres bem vestidos, da sociedade belorizontina, ficavam passeando pela Avenida Afonso Pena e a Rua da Bahia conversando, admirando o movimento, as vezes os homens ficavam parados em grupos ou duplas em alguma das esquinas esperando as garotas passarem. Nesse encontro de passagem, se o olhar se cruzava, isso já era um sinal positivo para tentar uma conversar e com muita sorte um encontro para ir ao cinema ou tomar um lanche e quem sabe no futuro um namoro com o consentimento dos pais, é claro, sem ao menos pegar na mão da pretendente, moças de família só namoravam em casa, na presença dos pais e na maioria das vezes os irmãos ficavam “fazendo vela” pro casal.

Feira de Arte e Artesanato da Avenida Afonso Pena
Maior feira de artesanato a céu aberto da América Latina. São 18 setores, 1800 expositores, demarcados pelas cores do teto das tendas, onde você encontra desde artigos feitos em couro, decoração, utilidades, artigos para crianças e áreas de alimentação, vestuário adulto e infantil, móveis, tapeçaria, bijuteria, cestaria, artes plásticas, cama, mesa e banho.
Feira Hippie como é conhecida, desde a sua fundação na Praça da Liberdade, em 1969, mudando para a Avenida Afonso Pena em 1991. A feira acontece das 07:00 às 14:00 , todos os domingos do ano, recebendo aproximadamente 60.000 visitantes a cada domingo.
O início foi de forma espontânea com artistas plásticos e artesãos. Em 1971, a feira foi oficializada pela prefeitura através de decreto municipal. A prefeitura é quem organiza a feira.
Uma das pioneiras a expor na feira é a artista Yara Tupinambá, por 6 anos.
Eles são uma associação: ASSEAP > Associação dos Expositores da Feira de Arte, Artesanato e Variedades da Avenida Afonso Pena.
Emprega + de 10.000 pessoas diretamente.

Parque Municipal Américo Renê Gianetti
Nome é homenagem ao prefeito de BH na década de 50. Tendo hoje 182 mil metros quadrados, ele impressiona, mas quando inaugurado em 26 de setembro de 1897, ele tinha mais de 600 mil metros quadrados. Foi inaugurado antes da Capital planejada, considerado o Patrimônio Ambiental mais antigo de BH, que abriga o Teatro Francisco Nunes, parque de diversões, equipamentos de ginástica, pista de corrida, quadra poliesportiva e quadra de tênis, lago com cisnes e pode-se remar nos lagos com barquinhos disponíveis para aluguel, pedalinho.
Recebe durante o ano vários festivais de música brasileira de raiz ao ritmo eletrônico, baile, dança, teatro de bonecos.
Aulas de yoga, de Lian Gong, prática corporal fundamentada na Medicina Tradicional Chinesa.
Local onde existiu a chácara do Sapo, de Guilherme Vaz de Mello, onde residiu o maranhense Aarão Reis, engenheiro chefe da comissão construtora da nova capital.
Projeto paisagístico original é de Paul Villon, francês, que utilizou espécies nativas e exóticas, em estilo romântico inglês, a visão era de se ter o maior e mais bonito parque urbano da América Latina.
Na década de 20 foram instalados o gradil de ferro, o coreto, a estação dos bondes, a quadra de tênis e a pista de patinação.
Na década de 30 e 40 o parque perde área para a instalação da rede hospitalar.
Cortado pelo córrego Acaba Mundo são:
 03 lagoas: Barco; Marrecos e Quiosque.
 03 cascatas, abastecidas por nascentes naturais.
 02 lagos artificiais.
 02 bebedouros históricos ornamentais: Jaqueira e Burros.
Monumentos do Parque:
 Ponte rústica
 Ponte dos namorados
 Ponte seca
 Fonte da lagoa dos barcos
 Bebedouro dos burros
 Escadaria do belvedere
 Mãe mineira
 Ilha dos Amores em estilo francês
Possui orquidário, com aproximadamente 300 espécies de árvores, 330 espécies ornamentais.
Mais de 70 espécies de vertebrados, mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes.
Monumento a figuras associadas à fundação da cidade:
 Aarão Reis
 Afonso Pena
 Augusto de Lima
 Bias Fortes
O artista e professor Alberto da Veiga Guignard fez do parque o seu ateliê e sala a céu aberto para ministrar suas aulas de Belas Artes e Pintura na década de 40.

Prefeitura Municipal
Projeto: Luiz Signorelli e Rafaello Berti.
Inauguração: 21 de outubro de 1935.
Projeto de 05 andares, amplas escadarias na entrada e no pórtico, as portas e portões principais dão uma impressão de folga, de luz, de ventilação e de espaço.
Tem porão, destinado para serviços de almoxarifado, depósitos e área de estacionamento para carros da prefeitura.
No 1º piso, estão localizados os serviços que tem contato direto com o público. O saguão central com farta iluminação, ventilado e encimado por um moderno telhado de vidro e concreto armado, dando um aspecto de grandiosidade na singeleza das linhas. No 2º piso tem-se o Salão Nobre.
No total, o edifício tem 28 salões e 19 gabinetes.
No prédio o relógio que atinge 35 metros de altura.
Na fachada, em destaque estão três figuras de Atlantis, do lado direito da entrada principal, que sustentam colunas com o brasão da República.
Elementos abstratos e figurativos dialogam entre si com rara facilidade, junto com elementos verticais e horizontais, bem como a grelha das esquadrias, retiram o peso das massas.
Forte tendência a geometrização, salientado pela imponência de seu torrão lateral esquerdo, vazado por grandes vitrais de concreto armado. Os vãos, os fechamentos e a descrição dos enfeites têm resquícios da arquitetura italiana e alemã das décadas de 20 e 30.
Na fachada da Rua Goiás, as colunas são encimadas por figuras femininas. As colunas da entrada principal foram feitas em pedras e toda a estrutura recebeu acabamento em pó de pedra.

Automóvel Clube
Projeto: Luiz Signorelli
Inauguração: 17 de dezembro de 1929.
Inspiração ao neoclássico, mas já prenunciando o ecletismo incorporando alguns elementos de art decó. Vitrais da escadaria em art decó.
Possui 04 andares, com 4 mil metros quadrados de área, localizado na esquina da avenida Afonso Pena e avenida Álvares Cabral.
Salão Dourado foi inspirado no Salão de Espelhos do Palácio de Versalhes, decorado com três lustres de cristal da Boêmia.
Em estilo modernista, o Salão Príncipe de Gales passou a ter esse nome após a visita de dois membros da realeza em 1931: Edward 7º, o Príncipe de Gales e o irmão George 6º.
Na fachada principal há três portas em arco perfeito, com folhas de ferro fundido.
Elementos decorativos em estuque, madeira, mármore.
Em 17 de dezembro de 1925, nove amigos, conhecidos com Grupo dos Nove, fundaram a entidade com o nome de Clube Central. 1ª sede do Clube foi no Palacete Dantas em 14 de junho de 1926. Um ano depois o nome foi alterado para Automóvel Clube de Minas Gerais, filiado ao Automóvel Clube do Brasil.

Palácio da Justiça Rodrigues Campos
Projeto: Raphael Rebechi.
Construído pelo engenheiro José Dantas e o Coronel Júlio Cesar Pinto Coelho.
Inauguração: 16 de janeiro de 1912.
Fachada com colunatas e platibanda. Escadaria interna de guarda corpo metálico em estilo art nouveau, importada da Bélgica.
Estilo eclético, com predominância neoclássica.
Possui dois pavimentos, com 31 metros de altura.
Trabalharam na ornamentação e decoração do interior os artistas:
 Escultores: José e Alfredo Morandi.
 Mobiliário: Madame Bellagama.
 Pintura parietal: J. Bescaal.
 Vitral: L. Pesoini – Justiça (Deusa grega Têmis).
Compõe o interior: mármores de carrara, pisos de mosaico, lustres de cristais da Boêmia, belo mobiliário, obras de arte e rica biblioteca.

Conservatório de Música da UFMG
Inauguração: 05 de setembro de 1926.
No início foi sede do Conservatório Mineiro de Música pelo então Presidente do Estado, Fernando Mello Viana.
Linhas neoclássicas, a fachada ornada com majestosas colunas gregas com capitéis coríntios, possui 02 pavimentos.
No interior tem tela de Dakir Parreiras, feita sob encomenda para decoração da Sala de Recitais. São 13 telas que retratam cenas da Ópera Tiradentes, de Manoel Joaquim de Macedo Junior.
Em 04 de dezembro de 1950, o prédio foi federalizado, sendo integrado a UFMG e transformado em estabelecimento de ensino superior em 30 de novembro de 1962.
Em 1996, a Escola de Música mudou-se para o Campus da Pampulha.
Após um amplo restauro no prédio do Conservatório, desenvolvido pelo arquiteto Gaston Oporto, ele foi reinaugurado como um novo complexo cultural, com sala para recitais, galerias para exposições, auditórios, salas de aulas e espaço para eventos, isso foi em 11 de agosto de 2000. No prédio anexo tem-se a livraria da Editora UFMG, uma praça coberta para eventos culturais e terá um restaurante.

Palácio das Artes
Pensado para atender a uma cidade que não parava de crescer ainda nos anos 40. O arquiteto Oscar Niemeyer foi chamado por Juscelino Kubistchek para projetar um novo teatro municipal. Oscar propôs um teatro inserido no parque municipal com ligação para a Avenida Afonso Pena por uma extensa passarela de concreto. As obras foram paralisadas em 1945. Em 1955, o arquiteto Hélio Ferreira Pinto modifica o projeto original e acrescenta outros equipamentos, sendo inaugurado em 1971.
Posteriormente foram criados outros espaços:
 Cine Humberto Mauro (1978)
 Teatro João Ceschiatti e Galeria Arlinda Corrêa Lima (1984)
 Galeria Mari Stella Tristão (2016)
Passou por um incêndio nos anos 90 e redesenhado em 1997.
Possui um Centro de Artesanato, representando todo o Estado e uma lojinha.
O acesso principal do prédio é feito por uma rampa localizada na parte central da fachada, que é formada por trapézios invertidos, painéis para exposição de artes e um espelho d’água que se estende por toda a linha da fachada.

Córrego Acaba Mundo – Rios Invisíveis
Um dos muitos rios invisíveis que existem na Capital Mineira, quase todos foram canalizados e estão debaixo das principais avenidas e ruas do centro-sul da cidade. Finalizaram um projeto de localização destes córregos através de placas de indicação, igual a que existe para as ruas e avenidas, que ficam nas esquinas. Elas indicam o nome do córrego e a qual bacia ele pertence.
O córrego Acaba Mundo tem 3,5 km de extensão, com sua nascente nos fundos da Vila Acaba Mundo e sendo canalizado por galerias à partir da Praça JK até a sua foz no Ribeirão Arrudas, nos fundos do parque municipal, onde antigamente o córrego Acaba Mundo desfilava suas águas em uma linda cascata que hoje não existe mais.

Praça Tiradentes
Antiga Praça 21 de abril, localizada entre as Avenidas Afonso Pena e Brasil, no bairro funcionários.
A escultura de Joaquim José da Silva Xavier, com a alcunha de “Tiradentes”, foi inaugurada em 20 de agosto de 1962, feita em bronze, do artista Antônio Van der Well, sendo assentada no dia 05 de janeiro de 1963, com 6 metros de altura e pesando 1.400 quilos.
O córrego Acaba Mundo passa aos pés do mártir.

Avenida do Contorno com Avenida Afonso Pena / Praça Milton Campos
Limite sul da cidade na época do seu planejado pela Comissão Construtora, na antiga Praça do Cruzeiro, hoje Praça Milton Campos, no bairro da Serra.
Local onde seria construída a Catedral do Cristo Rei, no século XIX, que hoje está sendo construída na Avenida Cristiano Machado na região norte da cidade, com projeto de Oscar Niemeyer.
Milton Campos foi um estadista mineiro, governou o Estado entre 1947 a 1951, na sequencia quem governou foi JK. No centro da Praça tem uma escultura em bronze homenageando Milton Campos.

Praça da Bandeira
Abriga o marco cívico do centenário. Reinaugurada em 12 de dezembro de 1987, dia do aniversário da cidade e de seu centenário.
Todo mês é feita a cerimônia de troca da Bandeira Nacional, sempre iniciando às 10:00 no 3º domingo.
Localizada entre as Avenidas Afonso Pena e Bandeirantes, bairro da Serra.

Praça do Papa
Localizada no bairro Mangabeiras, no final da Avenida Agulhas Negras. Nome é devido a visita do Papa João Paulo II em 01 de julho de 1980, onde celebrou uma Missa Campal para milhares de pessoas, mas seu nome de origem é Praça Israel Pinheiro.
Na Praça durante o ano, acontecem importantes encontros religiosos, atrações culturais, shows e eventos promocionais. Sendo um dos locais preferidos da população para lazer, fazer piquenique , confeccionando um book de fotos, praticando slackline, ou apenas curtindo o sol e descansando a mente e o corpo. Tem um parquinho de madeira com brinquedos para as crianças.
A Praça é dividida em duas partes por uma via asfaltada, tendo seu formado de um sorvete de casquinha.
Com mais de 1000 metros de altitude, na base da Serra do Curral, próximo ao Mirante Mangabeiras e Parque Mangabeiras.
No centro da Praça na parte superior, existe o “Monumento à Paz”, inaugurado em 1983. Escultura de 24 metros de altura, com 10 metros de face e 2 metros de largura, feito em três chapas de aço, sendo uma delas em formato triangular e a terceira como um retângulo, pesando duas toneladas. Projeto do artista plástico Ricardo Carvão.

Serra do Curral
Extensão de 11 quilômetros e altitude variando entre 1100 à 1350 metros.
Faz divisa a sudoeste com a cidade de Nova Lima.
Formação rica em ferro e em recursos hídricos que ficam ao norte da Serra.
Eleita em 1997, como símbolo da Capital, pelos belorizontinos, junto com a Igreja de São Francisco na Pampulha.
O nome vem do antigo nome da Capital Mineira, na época um pequeno Arraial, chamado Curral del Rei, com a Fazenda do Cercado do Bandeirante João Leite da Silva Ortiz de 1701.
Localizada no Quadrilátero Ferrífero, fazendo parte da Cordilheira do Espinhaço, reserva da Biosfera pela UNESCO e única do Brasil.
Limite Sul da Capital Mineira.
Flora bastante diversificada, variando entre áreas de Campos Rupestres (parte alta), passando pelo Cerrado até remanescentes de Mata Atlântica e Matas de Galeria.
Ponto mais alto > Pico Belo Horizonte > 1350 metros de altitude.
Composta de itabiritos, dolomitos, filitos e quartzitos.
Nome antigo era Serra de Congonhas (planta abundante nas Serras da região, usada para fazer chá), significa “o que sustenta, o que alimenta”.

Parque da Serra do Curral
Inaugurado em 08 de setembro de 2012.
Área de aproximadamente de 400 mil metros quadrados.
Localizado na Avenida José do Patrocínio Pontes, no bairro Mangabeiras, pertinho da Praça do Papa e do Parque Mangabeiras.
Possui 10 mirantes, distribuídos em 4.000 metros de extensão. Pode-se avistar a Avenida Afonso Pena, região da Pampulha, região centro-sul, Serra da Piedade, Serra de Itabirito, Serra do Rola Moça, Jardim Botânico da UFMG, o Aglomerado da Serra e muito mais, o visual é incrível.
Funciona de terça a domingo, de 08:00 às 17:00. Necessário agendamento.
Visita sem Guia (condutor) até o Mirante 3.
Fauna riquíssima sendo catalogadas 125 espécies de aves, até um Falcão já foi registrado.
Altitude varia entre 1.136 até 1.380 metros.

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