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A história remonta a construção da pequena Ermita em devoção a Nossa Senhora Mãe dos Homens, construída pelo Irmão Lourenço entre 1775 e 1779, bem simples e singela, comportava no máximo 100 pessoas.
O lendário Irmão Lourenço de Nossa Senhora, que muitos atribuem a pessoa de Carlos Mendonça Távora, de uma família nobre portuguesa que no século XVIII foram acusados, ele mais 11 da tentativa de assassinato do Rei José I em Lisboa tendo no comando português o celebre Marquês de Pombal (Sebastião José de Carvalho e Melo). 11 nobres da família foram condenados a serem queimados vivos em praça pública.
O Irmão Lourenço cria a Irmandade de Nossa Senhora Mãe dos Homens (1751-1885).
10 de agosto é dia de São Lourenço, talvez aí uma associação do seu nome a condenação de seus familiares. Segundo conta a história, mas em comprovação documental sobre tal fato.
Irmão Lourenço falece em 27 de outubro de 1819, aos 96 anos de idade, segundo consta. Está enterrado dentro da Igreja, desde a Ermita até hoje, não tendo o lugar exato, por causa da construção da nova Igreja, sendo considerado o altar do lado direito de São Francisco de Assis.
Em cada lado da Ermita havia uma construção de 2 andares, com 6 janelas cada, para hospedagem de romeiros, religiosos e eremitas. Chegou a ter 12 eremitas, sendo então no princípio um Eremitério.
Em 1876 a Ermita já estava muito pequena para a quantidade de religiosos, eremitas e principalmente estudantes, pois ali depois da sua morte o local foi transformado em Colégio no sistema de internato, ficando muito famoso em todo o Estado. Neste ano deram início a demolição da Ermita e a construção da nova Igreja em estilo neogótico, grande, bela, majestosa e riquíssima em trabalhos artísticos.
27 de maio de 1883 > Sagração da atual Igreja, levou 7 anos para construir, feita de pedras da região: Quartzito, Mármore e Pedra-sabão.
Sua Torre tem 48 metros de altura, com uma inscrição em Latim “Em todas as horas que marco e bato, adoro ao Deus Eterno”.
Guarda um quadro lindíssimo de autoria de Manoel da Costa Ataíde, de “A última Ceia” de 1828.
Imagem de Nossa Senhora Mãe dos Homens é de origem portuguesa. Chegou e recebeu as bençãos em 17 de maio de 1784. Material é de madeira com policromia, em seus pés tem nuvens pintadas com prata.
São Francisco de Assis é Santo secundário, pois o Irmão Lourenço era Franciscano, entrando para a Ordem Terceira Franciscana na cidade de Diamantina.
Vitrais > Estão no presbitério, da esquerda para a direita, temos cenas da vida de Cristo, o do centro foi doado por D. Pedro II, em sua visita entre os dias 11 a 13 de abril de 1881, tem o brasão do Império e assinatura do mesmo.
D. Pedro I visitou o Santuário do Caraça entre os dias 17 e 18 de fevereiro de 1831.
No frontispício da Igreja tem o ano de 1880 que significa o marco do cinquentenário da manifestação de Nossa Senhora das Graças (protetora de todo o Santuário) a Santa Catarina Labouré (1830).
Na Rosácea frontal temos a inscrição “Ó Maria concebida sem pecado, orai por Nós que recorremos a Vós”.
Os Altares Laterais da Nave. São 10 ao total:
Direita > São Francisco de Sales; Santo Antônio; São Paulo; São Francisco de Assis; São José.
Esquerda > São João Batista; São Luís Gonzaga; São Pedro; São Vicente de Paulo; Sagrado Coração de Jesus.
Os altares laterais que estão logo após a entrada, abaixo do Coro, são da antiga Ermita. Nossa Senhora da Piedade e Sagrado Coração de Jesus, que foram pintados e dourados por Manoel da Costa Ataíde entre 1806 e 1807.
Órgão de 628 tubos, portugueses, franceses e caracenses. Foi fabricado pelo Padre Luís Gonzaga Boa Vida que está enterrado na cripta que fica abaixo da Igreja.
São Pio Mártir > Relíquia presenteada pelo Vaticano, pelo Papa Pio VI, daí a homenagem do nome. É um soldado romano de corpo inteiro, que foi embalsamado e revestido de cera, martirizado, encontrado na catacumba de Santa Siríaca. Você consegue ver nitidamente suas unhas e dentes superiores, está com vestimenta romana, parece que está vivo, impressionante, está dento de uma urna de vidro embaixo do altar-mor. Junto dele há um cálice com areia e sangue do mesmo. Chegou no Caraça em 16 de maio de 1797.
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